A imagem promocional apresentada para o festival islâmico de Mértola, na sua 13ª edição, teve como mote uma jarra que se deu a conhecer em escavações arqueológicas na Alcáçova do Castelo de Mértola e que faz parte da coleção exposta no Núcleo de Arte Islâmica do Museu de Mértola Cláudio Torres. É uma peça em corda seca parcial, esmaltada, com elementos decorativos a verde e a castanho separados por linhas desenhadas a manganês com pontilhado interior. A sua beleza distinta patenteia uma presença vincadamente orgânica.
De um colo cilíndrico contíguo a um corpo globular surgem duas asas de triplo rolo que parecem querer elevar-se. São pegas, braços, asas? São formas que, sem serem evidentes, lhe dão um caracter antropomórfico. Sente-se a matéria, os poros de uma pele desenhada com formas geométricas verdejantes e cor de terra como um apelo da natureza. Foi ao planarmos o nosso olhar por esta composição que nasceu o desígnio da imagem: a árvore e as suas raízes mediterrânicas. Mértola com os seus encantos amanhece por caminhos, por montes, planaltos e na planície para nos contar estórias, com história, à sombra de uma azinheira.
Pode conhecer a peça de cerâmica que inspirou a imagem de 2025 do Festival Islâmico de Mértola e outras da coleção no Núcleo de Arte Islâmica do Museu de Mértola Cláudio Torres. Aberto de segunda a domingo das 9h20 às 17h20.
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