A Dança de Raji Mudra & A Campaniça de Tó Zé Bexiga
Dança e Viola Campaniça
17h30, Pátio dos Sons, Largo do Rossio
Um espetáculo a não perder que junta a dança do bailarino marroquino Raji Mudra e a sonoridade da viola campaniça na abordagem muito contemporânea de Tó Zé Bexiga. No palco do Pátio dos Sons.
MICHEL RAJI
Artiste Danseur Chorésophe
Nasceu em Marrocos e vive em França desde os 12 anos. Os seus deslocamentos geográficos foram desenhando pouco a pouco uma cartografia interior, em que cada passo marca um movimento iniciático em direcção ao universal. Bailarino e coreógrafo, formado nas técnicas clássica e contemporânea, cria em 1985 a sua própria via, a que chama de Chorésophie, a passagem do físico para o metafísico.
Numa exploração multidimensional do sopro da dança, do «ser» em dança, escutando a arquitectura da nossa respiração interna, explorando os ritmos respiratórios, gestuais e sonoros no movimento, Michel Raji enraíza o seu trabalho no pulsar infinito da respiração. Uma pulsação que se afina no espaço e no tempo da prática, e se harmoniza através do gesto e da voz, para se desdobrar então numa dança dinâmica e circular. Uma dança onde a respiração reencontrada se ritualiza.
Uma busca artística do ser, do acto de dançar, transformada em via de conhecimento.
“O sopro da vida encantou meu nascimento
Eu dancei antes de dançar
Feliz na minha alma, minha alma feliz na vida
Eu entrei na ‘coreosofia’
‘Coreosofia’ é o meu jeito
E eu sou a sua voz”.
TÓ ZÉ BEXIGA
Nasceu em Évora, em 1976. Estudou piano e guitarra clássica, e mais tarde guitarra jazz. Passou por vários projetos desde o rock à música experimental, fusão e música improvisada. Descobriu depois a música de raiz e o prazer de a virar do avesso. Nos últimos anos, tem-se dedicado à exploração do repertório tradicional da viola campaniça.
É um artista multifacetado com vários trabalhos em cinema, teatro, dança contemporânea e teatro de marionetas. Faz oficinas regulares de exploração sonora e criatividade musical, construção de instrumentos e estratégias de composição instantânea e colaborativa.
Foi membro ativo de projectos como Uxu Kalhus e No Mazurka Band; fundador de Há lobos sem ser na serra, Bicho do Mato, entre outros. Recentemente, gravou com Kepa Junkera para a Ath Thurda, Celina da Piedade, António Caixeiro, Cantadores de Paris, O Gajo, Omiri, Orfeão Sónico de Um Corpo Estranho e Satúrnia, European Ghosts, Xinês, Lenna Bahule, Muhamago e Cardo Roxo.
É membro fundador da Cia Boa Companhia – teatro para todos. Participa em todos os espetáculos como músico e/ou ator. É membro do grupo Lusitanian Ghosts desde 2021. Fundou o projeto RAIA, solo mas frequentemente em diálogo com outras artes.