Ricardo Ribeiro
Há algo em Ricardo Ribeiro que nos faz sentir convencidos de que ele canaliza inúmeras vidas através das palavras que canta. O fado de Ricardo Ribeiro parece alimentar-se da sua curiosidade voraz pelo mundo.
Ricardo Ribeiro participa desde 2001 em festivais nacionais e internacionais de música. Em 2004 lança o primeiro álbum, “Ricardo Ribeiro” e participa no “Tributo a Amália Rodrigues”.
Em 2005, integra o espetáculo “Cabelo Branco é Saudade” e recebe o prémio Revelação Masculina da Fundação Amália Rodrigues.
“Em Português” (2008), o assombroso disco que Ribeiro fez com Abou-Khalil e os seus músicos provocou uma reviravolta na sua música. Compelindo o cantor para as exigências técnicas do mundo do jazz e da música árabe, isto libertou-o para a exploração de diferentes linguagens musicais de que sempre se sentiu próximo mas que não sabia como tornar compatíveis com a sua fonte primordial, o fado. De repente, os traços ciganos da voz de Ribeiro tornaram-se evidentes, a herança árabe da música alentejana não soava intrusiva e os bairros típico do fado de Lisboa já não se afastavam de sua História mourisca e judaica.
Ganhões de Castro Verde
As raízes do cante alentejano perdem-se na História, como na história de Castro Verde se perde a origem de um cantar ligado à terra, cuja tradição “Os Ganhões” perpetuam. Hoje, como ontem, “Os Ganhões” mantêm a sua autenticidade. Herdeiros de uma tradição que é sua: a de um cante que já foi de trabalho, agora mais de lazer e de convívio, mas sobretudo, e sempre, de afirmação cultural.
Para além dos habituais encontros de corais e oficinas de cante, Os Ganhões de Castro Verde têm integrado projetos ligados a outras áreas artísticas e musicais, tais como a dança contemporânea, o jazz e a world music. Experiências e fusões que têm contribuído para afirmar o cante alentejano junto de públicos diferenciados. É disto exemplo a sua participação no disco “Hoje É assim, amanhã não sei” do fadista Ricardo Ribeiro.