“DA RAIZ AO SOM“ – EXPOSIÇÃO De José Cardoso e Paulo Cardoso
Núcleo Paleocristão (Rossio do Carmo)
De 9 a 31 de maio das 9.15h às 12.30h e das 14.00h às 17.30 (encerra às 2ºs feiras)
A Exposição
“Da raiz ao som “ é uma exposição que permite ao visitante apreciar uma tipologia variada de instrumentos musicais da mesma família – os cordofones.
Sendo a viola campaniça o cordofone mais enraizado na nossa área geográfica (sobretudo nos concelhos de Castro Verde e Ourique), todo o seu processo de construção é aqui documentado através da mostra de vários tipos de campaniça assim como de todos os componentes integrantes deste instrumento.
Nos dias do Festival os mestres José Cardoso e Paulo Cardoso organizarão visitas guiadas à exposição. No final da visita o público terá oportunidade de acompanhar os mestres construtores na sua oficina improvisada assistindo a uma exemplificação das diversas técnicas construtivas utilizadas.
Paulo Cardoso
Nascimento a 13 de maio de 1985 em Mafra
Paulo Cardoso encontrou um excelente Luthier, de nome Infante, que amavelmente o recebeu no seu atelier e lhe passou todos os seus métodos de construção. Desde então Paulo e António José conseguiram aprimorar, ainda mais, os seus conhecimentos na arte, como construtores, no restauro e na reparação de instrumentos musicais de corda tais como guitarras clássicas, guitarras acústicas, guitarras portuguesas, bandolins, cavaquinhos, ukuleles, balalaikas, violinos, violas campaniças e outras violas tradicionais portuguesas, entre outros, onde se replicaram as técnicas tradicionais de construção.
Porque a expansão do mercado assim o exigiu, decidiram abrir o próprio atelier no Baixo-Alentejo permitindo tirar o máximo partido da calma, clima e pacatez do sítio. O atelier é constituído por pai e filho como Luthier’s, que aplicam todos os seus conhecimentos, tempo e paixão nesta arte de trabalhar a madeira.
António José da Conceição
Nascimento a 21 de Maio de 1951 em São Vicente da Beira, concelho de Castelo Branco.
Profissão: Foto Jornalista de 1973 a 2020 (Jornais: O Século -1973 a 1981; A Capital – 1981 a 1997; Correio da Manhã – 1997; Agência Lusa – 1997 a 2020).
Desde a escola primária (1958) que demonstrou uma aptidão nata para trabalhos manuais.
Em 2016 iniciou um curso de construção da Viola Beiroa em Idanha-a-Nova, e no primeiro dia, uma criança de 3 anos pegou num dos moldes da viola e fingiu que estava a tocar. Ao observar a criança resolveu fazer uma réplica miniatura da viola beiroa para lhe oferecer. Despois seguiu-se mais uma miniatura para uma outra criança. Foi então que pensou em desenvolver um instrumento que viesse substituir o cavaquinho minhoto nos grupos de cavaquinhos da região de Castelo Branco e Idanha-a-Nova. Ao fim de 12 protótipos, nasceu a Beiroínha-Cavaquinho da Beira que viria a ser registada como marca nacional e como modelo/desenho nacional. A oficina que tinha na sua terra natal, São Vicente da Beira, foi adquirida pelo Município de Idanha-a-Nova tendo sido dada formação a pessoas residentes, para continuação do projecto da Viola Beiroa.
Além da Viola Beiroa e da Beiroínha-Cavaquinho da Beira, também constrói a Viola Toeira de Coimbra e a Viola Campaniça.
A viver em Torre de Coelheiros, concelho de Évora, desde início de Abril de 2022, estando em estudo a possibilidade de instalar uma oficina para construção da Viola Campaniça onde reside actualmente.